23/07/2010

uma reflexão

Uma reflexão:

Eu quero dizer que é muito difícil produzir um currículo onde é possível levar um ser a autonomia. Melhor, eu diria que é praticamente impossível fazer isso! (pelo menos com a atual dinâmica de ensino)

A criança tem que sentir o gosto em filosofar. Quando ela percebe o que é filosofar sua atitude muda, ela aprende a escutar, percebe-se que ela reflete. Nossa função é insuflar o espírito filosófico no coração das crianças. Essa empolgação constrói um ambiente propicio a autonomia (para se filosofar é necessário ouvir com consciência). É coerente pressupor que os envolvidos mesmo sendo autônomos por imitação estejam mais próximos dessa autonomia.

Agora como se pode afirmar que construímos um autônomo ou um autômato? Ou, como afirmar que o professor está sendo democrático e justo? Como aferir que o aluno melhorou? Acredito que a única forma de avaliar isso é por uma percepção atenta ao que está em volta. Mas como aferir isso em larga escala? Se o objetivo da avaliação é compreender em que nível cognitivo a criança está, avaliar a filosofia, composta por objetivos multidisciplinares, como se avalia matemática ou uma compreensão de um texto é cometer um grande erro.