08/09/2010

Quimera

Capaz de respirar fogo, era parte bode e parte leão, com cauda de cobra. Era filha dos monstros Tífon e Equidna. A Quimera era tratada como um espantoso animal de estimação pelo rei da Cária, mas escapou e instalou-se numa montanha da Lícia. Lá aterrorizava a região até que o rei Iobates da Lícia ordenou a Belerofonte que matasse a criatura.

Prometeu e Pandora

Prometeu era um protetor especial da humanidade. Quando Zeus e os homens encontraram-se para partilhar comida, Prometeu tramou para que Zeus levasse os ossos e deixasse a carne para os homens. Zeus reagiu tirando o fogo da Terra. Mas Prometeu foi até a forja de Hefaístos e roubou um pouco de fogo para os humanos. Ele também os ensinou a usá-lo para trabalhar com metais. Irado, Zeus acorrentou Prometeu a uma rocha e mandou uma águia bicar-lhe o fígado. O tormento continuou sem parar, porque o órgão voltava a crescer e a ave voltava a comê-lo

Em retaliação pelo roubo do fogo, Zeus pediu a Hefaístos que fizesse com barro a primeira mulher, Pandora. Zeus enviou-a com uma caixa a Terra, conde se casou com Epimeteu. Curiosa, Pandora abriu a caixa e todos os males da humanidade escaparam. Quando ela a fechou de novo, só restava lá dentro a esperança. Numa outra versão da história, a caixa continha bênçãos, que escaparam de volta aos céus.

Odisséia - Polifemo

Ulisses e seus homens chegaram à Sicília, terra dos ciclopes, monstros gigantescos de um olho só. Os gregos estavam procurando comida e roubaram algumas ovelhas da ilha. Não se deram conta de que os animais pertenciam ao chefe dos ciclopes, Polifemo, que os prendeu numa caverna. Para ajudar seus homens, Ulisses enfiou uma estaca em brasa no único ilho do ciclope e o cegou.


Os ciclopes eram gigantes de um olho só. Os primeiros três eram filhos de Gaia e Urano. Aprisionados no mundo subterrâneo foram libertados por Zeus e ajudaram-no a combater seus captores, os Titãs. Como ferreiros de Zeus, fizeram seus raios, e também o capacete de Hades.


Éolo: deus do vento, Éolo ajudou Ulisses a sair da terra dos ciclopes. Éolo prendeu quase todos os seus ventos num odre e deu-o a Ulisses. O único vento deixado de fora foi o que poderia levar os navios de Ulisses direto para Ítaca. Mas os homens de Ulisses estavam curiosos para saber o que havia dentro do odre e, acreditando que lá dentro houvesse um tesouro, abriram-no para espiar. Os ventos escaparam e sopraram os gregos outra vez para fora da rota. acabaram numa terra de gigantes canibais que comeram a tripulação de todos os navios, exceto um.

Perseu e a Medusa

Dânae, a mãe de Perseu: Quando o rei Acrísio de Argos visitou o oráculo de Delfos, soube que sua filha Dânae teria um filho que o mataria. Por isso, trancou-a numa masmorra, onde ninguém poderia encontra-la. Mas Zeus descobriu Dânae e foi até ela, em forma de chuva de ouro. Desse encontro nasceu Perseu. Ao descobrir o que ocorrera, Acrísio enfiou Dânae e o filho numa canastra e jogo-os no mar. Mas Dãnae e Perseu foram impelidos de volta à praia e regressaram a Argos.

Perseu e a Medusa: Perseu alardeou que conseguiria degolar a Gógone Medusa. Mas a Górgone podia transformar uma pessoa em pedra com um olhar, e por isso Perseu pediu ajuda aos deuses. Hermes deu a Perseu sandálias aladas. Hades emprestou-lhe o capacete da invisibilidade e Atena emprestou-lhe seu escudo polido. Perseu voou até a caverna da Górgone com as sandálias aladas e, com o auxílio do capacete, enganou a Gréia que guardava a entrada. Ele usou o escudo de Atena como espelho, de modo que não precisou olhar diretamente para Medusa.

Gréias: Irmãs das Górgones, seus nomes resumem bem suas personalidades Penfedro (Rancorosa), Déion (Terrível) e Énio (Guerreira). Partilhavam um mesmo olho e um mesmo dente. Perseu roubou o olho delas, para ajudá-lo a matar a Medusa. As Gréias fizeram um favor a Zeus, que em troca concedeu outro para as três irmãs, as três irmãs pediram a imortalidade, mas se esqueceram de pedir para não envelhecerem, resultado, as três decrépitas dependiam de um olho e um dente que sobraram para dividir entre elas. Perseu ficou com o dente e o olho delas por três dias até elas, de fome e desespero, revelassem onde estava a Medusa.

Gógones: Com cobras na cabeça em vez de cabelo, e o corpo coberto de escamas as Górgones (Esteno, Euríale e Medusa) eram tenebrosas. Tinham um olhar tão mortal que petrificava todo aquele que as olhasse nos olhos. Viviam numa caverna subterrânea guardada por suas irmãs, as Gréias.

Medusa: Numa das lenda, Atena invejava tanto sua beleza que transformou seus cabelos em serpentes.

Pégaso: Quando Perseu matou Medusa, o cavalo alado Pégaso surgiu do sangue derramado. O príncipe Belerofonte domou esse animal fantástico e levou-o para Lícia, para matar a Quimera. Chegando ao Olimpo, Zeus mandou uma mosca picar Pégaso, que derrubou seu cavaleiro.

Belerofonte: O heroi Belerofonte domou o cavalo alado Pégaso e matou a Quimera, além de derrotar exércitos, gigantes e amazonas. Levado por Pégaso, ele subiu ao Olimpo, mas caiu na terra e perdeu a visão ao cair sobre um espinheiro.

Serpente Marinha: A rainha Cassiopéia dizia que ela e a filha Andromêda eram mais belas que as nereidas do cortejo de Posêidon. O deus do mar mandou então uma serpente para punir Cassiopéia. Andromeda foi acorrentada a uma rocha, para servir de alimento ao monstro, mas foi salva por Perseu bem na hora em que o animal ia atacá-la.

Quíron o Centauro

Centauros são criaturas selvagens, tinham cabeça e torso de homem, mas eram cavalos da cintura para baixo. De personalidade nem sempre igual, eram normalmente gentis e sábios, versados em música e medicina. Eram também guerreiros e travavam muitas batalhas famosas, inclusive uma contra os lápitas, um povo que curtia o couro dos cavalos. Os centauros passaram muito de sua sabedoria aos herois Jasão e Perseu.

Ao contrário dos outros centauros, Quíron sempre foi sábio e bom. Apolo e Ártemis lhe ensinaram habilidades como medicina, música e as artes da guerra. Quíron foi tutor dos heróis Aquiles e Jasão na arte de guerrear e passou seu dom de curar para o deus Asclépio. Na batalha de Héracles contra os centauros, Quíron foi atingido por um flecha do herói. Ele suplicou para morrer, porque sabia que sua ferida nunca iria sarar.

Asclépio: Asclépio, filho de Apolo, era o deus da medicina. Quando ele era jovem, Apolo enviou-o ao centauro Quíron, que lhe ensinou as artes da cura. A deusa Atena também ajudou Asclécio, dando-lhe o sangue das Górgones que podia devolver a vida. Zeus, preocupado com esse poder, atingiu-o com um raio.

Higia: As três filhas de Asclépio eram as deusas da saúde: Iaso, Panacéia e, a mais importante de todas, Higia, muitas vezes adorada junto com o pai. Havia inclusive um templo a Higia no grande santuário dedicado a Asclépio, em Epidauro, onde as pessoas iam para adorar o deus e ser curadas de suas doenças pelos sacerdotes.


Pã de Pânico

Pã: Com torso humano e pernas e chifres de bode, Pã, filho de Hermes, era o deus dos campos, dos pastores e dos bosques. Ele gostava da companhia dos sátiros, era bom dançarino, bom músico e adorava perseguir as ninfas. Tinha voz aterradora, que muitas vezes espantava os animais dos bosques. Seus grito era capaz de parar exércitos inteiros e até rachar as muralhas de uma cidade – o medo que inspirava originou a palavra “pânico”.

Sátiros: Parte homem, parte bode, os sátiros eram espíritos dos bosques e montanhas. Como seguidores de Dionísio, gostavam de beber, de festejar, de perseguir ninfas e de assustar quem passasse pelas florestas. Os sátiros eram filhos de ninfas com bodes. Originalmente humanos, foram transformados em híbridos por Hera, que se zangou porque eles não vigiaram Dionísio direito.

O deus da guerra

O temido Ares era deus da guerra. Filho de Zeus e de Hera, dizia-se que Ares era a encarnação da ira da mãe. Aterrador no campo de batalha, com um grito de guerra capaz de matar um mortal, foi pai de diversos heróis, quase tão fortes e terríveis quanto ele. Foi também amante de Afrodite, com a qual teve um filho, Eros. Enciumado, Hefaístos, marido de Afrodite, apanhou os amantes na cama usando uma rede tão forte que nem mesmo Ares pode rompê-la.

A ciumenta Hera

Zeus era a força fecundante do Olimpo, e por isso era cercado de mulheres, vejamos algumas:

A mulher oficial de Zeus, conquista do seu terceiro casamento, Hera, deusa do casamento e do parto, era rainha dos Olimpicos. Tinha muito ciúmes do marido e se vingava das rivais, entre elas Sêmele, Leto e Io, e dos filhos delas. Todos sofreram muito devido aos ciúmes de Hera. Os gregos chamavam o casamento de Hera com Zeus de Casamento Sagrado, o que mostra a importância que atribuíam à união entre homens e mulheres.

Metis: Estava previsto que a ninfa marinha Metis, primeira mulher de Zeus, teria uma filha tão sábia quanto Zeus e um filho que tomaria o poder do pai. Para evitar isso, Zeus engoliu Metis e seu filho nunca nasceu. Mas a filha, Atena, a deusa da sabedoria surgiu, toda armada e já crescida, da cabeça de Zeus.

Têmis: Filha de Gaia e Urano, Têmis foi a segunda mulher de Zeus. Ela deu à luz muitas deusas, inclusive as três Horas – Dice, Eunômia e Irene – e suas irmãs, as Parcas. Em algumas lendas, Têmis é a mãe de Prometeu, junto com outro Titã chamado Jápeto.

Parcas: As parcas (ou Moiras), filhas de Zeus e da Titânida Têmis, controlavam o destino humano. As Parcas eram retratadas quase sempre como um trio de velhas sentadas fiando um fio da vida. Chamavam-se Cloto (a que torcia o fio), Láquesis (a que media seu comprimento) e Átropos (a que cortava).

Horas: Irmãs das Parcas, as três Horas – Eunômia (Disciplina), Dice (Justiça) e Irene (Paz) – eram deusas da justiça e da ordem, que mantinham a sociedade sob controle. Como divindades da natureza, tomavam conta da floração e frutificação das plantas. Seguidoras de divindades como Afrodite e Perséfone, eram próximas também de Hera e cuidavam de seus cavalos e carruagem.

Graças: As Três Graças (ou Cárites) eram filhas de Zeus e da ninfa marinha Eurínome. Personificação da própria beleza, essas três jovens elegantes eram as damas de companhia de Afrodite. Associadas à primavera, eram elas: Aglaia (Luminosa), Eufrosina (Alegre) e Tália (A que Traz Flores).

Musas: Filhas de Zeus e Mnemósine, as Musas eram a princípio divindades associadas com montanhas e nascentes. Mais tarde, tornaram-se deusas das artes e seguidoras de Apolo, que recebeu o título de Apolo Musagetes (Líder das Musas). As Musas viviam no monte Hélicon, na Beócia, perto de uma fonte chamada Hipocrene. Eram nove ao todo: Calíope (Musa da Poesia Épica), Clio (Musa da História), Érato (Musa da Poesia Lírica), Euterpe (Musa da Música Instrumental), Melpôneme (Musa da Tragédia), Polímnia (Musa da Mímica), Terpsícore (Musa da Dança), Tália (Musa da Comédia) e Urânia (Musa da Astronomia).

Ninfas: As ninfas em geral eram filhas de pai ou mãe divinos. Retratadas como lindas mulheres, estavam associadas ao campo. Haviam várias ninfas: as nereidas e oceânides (ninfas do mar), náiadas (de fontes e regatos), leimoníadas (das pradarias), oréades (das montanhas) e dríadas (das florestas e bosques).

O deus do amor

O menino alado Eros era a corporificação do amor. Algumas histórias dizem que ele nasceu dos caos, no começo dos tempos; outras que era filho de Afrodite e Ares. Seu papel principal era atormentar humanos e deuses, carregando uma tocha que inflamava os desejos, ou flechas com as quais insuflava o amor.

O deus do vinho

Deus do vinho e dos folguedos, filho de Zeus e de Sêmele. Dionísio era representado como um touro, bode ou rapaz. Com as mênades e os sátiros, vagava por todo os país, bebendo vinho e dançando sem parar. Certa vez, capturado por piratas, Dionísio escapou tranformando o mar em vinho e os piratas em toninhas.

As mulheres de Dionísio eram chamadas mênades (mulheres loucas). Vestiam-se com trajes transparentes, tocavam música alto e dançavam de modo frenético. Domavam animais selvagens, cavalgavam panteras e levavam filhotes de lobo no colo.

A deusa do Amor

O nome da deusa do amor, Afrodite, significa “nascida da espuma” porque se dizia que ela surgira do mar. Essa lindíssima deusa podia ser cruel e caprichosa. Era casada com Hefaísto, mas sua beleza cativou tantos deuses quanto mortais. Teve casos amorosos com os deuses Ares, Hermes e Dionísio, e também com mortais como Adônis. Ente seus filhos estão os deuses Eros e Priapo e o herói Enéias.

Ártemis

Embora Ártemis, deusa da caça e irmã gêmea de Apolo, apareça muitas vezes como uma moça jovem, levando um arco, ela era também protetora dos filhotes dos animais. Ártemis era casta e enfurecia-se quando ameaçada. No templo de Éfeso, há uma estátua com muitos seios que a caracteriza como deusa do parto.

Atena e a Coruja

Deusas da sabedoria, Atena nasceu da testa de Zeus. Depois que este engoliu a mãe delas Metis. Seu símbolo era a mais sábia das aves, a coruja. Sabia tecer, habilidosa para as artes, além de ser uma deusa guerreira. Carregava uma lança e um escudo – a égide – ornamentado com a cabeça da Górgone Medusa, que petrificava quem quer que a visse. Atena era a protetora de um região da Grécia conhecida pelo nome de Ática, cuja principal cidade recebeu seu nome: Atenas.

Apolo o deus da luz

Apolo era filho de Zeus e da deusa Leto, deus da luz, das artes, da medicina e da música. Sua luz era a do sol e podia ser fonte de vida ou destruição, benigno ou ameaçador. Na juventude, era dissoluto e vingativo contra qualquer mulher que o desprezasse. Quando Cassandra recusou suas investidas, ele lhe concedeu o dom da profecia, mas decretou que ninguém jamais acreditaria em suas predições. Com o tempo, tornou-se mais calmo, e passou a usar seus dons para a cura, a música e a previsão do futuro através de seu oráculo em Delfos.

O mensageiro Hermes

Hermes: Mensageiro dos deuses, Hermes era filho de Zeus e da ninfa Maia. Como deus responsável por tudo o que ser relacionasse com movimento, viagem, estradas, moeda e transações comerciais, aparecia sempre usando um chapéu de viajante e sandálias aladas. Na mão, levava uma varinha mágica feita de duas cobras enroscadas numa haste. Hermes tinha um lado desagradável – às vezes era portador de mentiras e falsos relatos, e podia presidir a transações suspeitas, além de negócios ilícitos.

O Cajado do Hermes: Nasceu sábio. No primeiro dia de vida pregou uma peça no irmão Apolo. O pequeno ficou atento. Quando o outro se distraiu, ele roubou todas as vacas que Apolo guardava. Como não ser apanhado? Só enganando os perseguidores. Obrigou os animais a andarem pra trás. E ele? Para apagar as próprias pegadas, calçou uma sandália feita de ramos. Não deu outra. Os que o procuravam foram pro outro lado. Quando Apolo descobriu o ladrãozinho, levou um baita susto. Era um recém-nascido. Do berço, o bebê lhe estendeu um lira que tinha acabado de fabricar com casco de tartaruga e tripas de boi. Apolo ficou fascinado. Trocou o rebanho pelo instrumento. E presenteou o irmão com um cajado de ouro. Hermes inventou muita coisa. Uma delas o alfabeto. Outra: a música. Mais outra: a astronomia. Zeus, ao ver que o garoto era tão sabido, convidou-o para ser seu mensageiro. Ele levava os recados divinos para os homens e os recados humanos para Zeus. Como isso, conheceu muitos segredos. Guardava-os tão bem que ninguém os descobria. Por isso se diz que alguma coisa está hermeticamente fechada.

Maia: Filha de Atlas e Plêione, a ninfa Maia era uma das sete Plêiades. Vivia no monte Cilene, onde ela e Zeus tiveram um caso. Assim nasceu Hermes, o Mensageiro dos deuses. Este foi o único filho de Zeus que não foi rejeitado por sua mulher Hera.

Posêidon o deus dos Mares

Posêidon: Deus do mar, era uma divindade poderosa que, com um aceno do tridente, provocava tempestades e terremotos. Era famoso por sua ira e brigava muito com os outros deuses, tentando impor seus poder sobre diferentes regiões da Grécia. Seus animais sagrados eram o cavalo e o touro, que as pessoas sacrificavam atirando-os ao mar.

Proteu: Conhecido como um dos Velhos do Mar, Proteu era o guardião do rebanho de focas de Posêidon. Ele tinha a capacidade de se transformar no que quisesse.

Nereu: Como Proteu, Nereu também era um dos Velhos do Mar capazes de mudar de forma. Viva com sua mulher Dóris no fundo do mar. Tinha 50 lindas filhas – as nereidas.

Tritão: O deus do mar Posêidon e sua rainha Anfitrite tiveram um filho chamado Tritão, que era metade homem, metade peixe. Como seu pai, Tritão tinha poder sobre as ondas. Durante uma batalha entre os deuses e os Titãs, aterrorizou a estes soprando numa concha. Tritão também podia ser prestativo – salvou os argonautas quando o Argo foi apanhado por uma tempestade. Tritão deu seu nome a toda uma raça de monstros marinhos.

Hades e Cérbero

Hades: Deus dos mortos, Hades era filho dos Titãs Cronos e Réia. Embora fosse irmão de Posêidon e Zeus, Hades não morava no monte Olimpo e sim no mundo subterrâneo, onde tomava conta dos mortos. Deus da riqueza também. Hades tinha muitas minas subterrâneas e conexões com os frutos da terra, através de seu casamento com Perséfone, filha de Deméter, deusa das colheitas.

Perséfones: Passeando pela terra, Hades viu Perséfones, deusa da fertilidade. Enamorou-se dela e levou-a em sua carruagem. Casada com ele, Perséfones tornou-se rainha dos infernos, Deméter, mãe de Perséfones, ficou indignada e ameaçou impedir que as plantas crescessem, caso a filha não voltasse. Zeus decidiu então que Perséfones passaria dois terços do ano na Terra e um terço com Hades.

Cérbero: O cão de três cabeças de Hades, Cérbero, era o guardião dos infernos. Ficava no portão do mundo subterrâneo, evitando que os vivos entrassem e assustando a alma dos mortos que chegavam.

Fúrias: As Erínias viviam nas profundezas do Hades, onde torturavam as almas pecadoras. Nasceram das gotas de sangue que caíram sobre Gaia, a Terra, quando o deus Urano foi castrado. Pavorosas, tinham corpo de velhas, cabeça de cão com cobras em vez de cabelo, pele negra retinta e asas de morcego. Chamavam-se Tisífone (Castigo), Megera (Raiva Ciumenta) e Alecto (Interminável).

Caronte: Os mortos tinham de cruzar o rio Aqueronte ou então o Estige para chegar aos infernos, com a ajuda de Caronte, o barqueiro. Velho e mal-humorado, Caronte insistia para que todas as almas que viajavam em sua barca lhe pagassem um óbolo. É por esse motivo que os gregos sempre punham uma moeda na boca de seus mortos.

Estige e outros Rios: Os infernos tinham cinco rios. No Aqueronte (Aflição) só havia água estagnada e ruim, e no rio Flegetão (Fogo) continha chamas líquidas. O Cocito (Gemido) era assombrado pelos mortos sem sepultura, que ali ficavam por cem anos. O maior deles, o Estige (Maligno), dava nove voltas em torno dos infernos. Os mortos tomavam a água do rio Letes (Esquecimento) para esquecer suas vidas passadas.

Campos Elisios: Para os gregos antigos, os bons iam para os Campos Elísios (ou Eliseu) depois da morte. Esses campos ficavam no extremo oposto do rio Oceano, que, segundo a crença, circundavam a Terra. Era um lugar lindo, onde havia esportes, poesia e música para as almas. Os Campos Elísios eram comandados pelo Titã Cronos.

O todo poderoso Zeus

Monte Olimpo: Depois que os deuses e os Titãs entraram em conflito, os três deuses mais poderosos dividiram o cosmos – Posêidon ficou com o mar, Hades com o mundo subterrâneo e Zeus com o céu. Zeus escolheu o Olimpo para sua morada e ali foram viver doze dos principais deuses e deusas. O Olimpo é a montanha mais alta da Grécia. Tão alta que vive coberta de nuvens. Ali vive Zeus, o deus dos deuses e mais doze deuses. Seis homens e seis mulheres. Os doze olímpicos não envelhecem nunca. Nem morrem.

Zeus: Filho caçula dos Titãs Cronos e Réia, Zeus, munido do raio, presente dos ciclopes, lutou contra os Titãs numa guerra de dez anos e tornou-se rei dos deuses, assumindo o lugar do seu pai. Vivia no monte Olimpo, de onde governava os deus e os mortais, assegurando a justiça e presidindo a ordem social. Em seus domínios, os céus, Zeus fixava a ordem das estações e o curso das estrelas. Ele teve três esposas – Metis, Têmis e Hera – e muitos casos com deusas, ninfas e mulheres mortais. Zeus se alimentava de néctar e ambrosia. Por isso, gozam de três privilégios. Um: a invulnerabilidade. Ninguém os pega. Outra: a juventude eterna. Nunca ficam velhos. A última: a imortalidade. Não morrem jamais.


30/08/2010

Diálogo

ISAK BORG: Onde está ela?
HOMEM: Desapareceu. Desapareceram todos. Não nota este silêncio? Foi tudo eliminado cirurgicamente. Uma obra prima cirúrgica. Sem dor, nem sangue.
ISAK BORG: Que silêncio.
HOMEM: Êxito total, Professor.
ISAK BORG: E o castigo?
HOMEM: Não sei. O de sempre, suponho.
ISAK BORG: O de sempre?
HOMEM: Claro. A solidão.
ISAK BORG: A solidão?
HOMEM: Exactamente. A solidão.
ISAK BORG: Não há clemência?
HOMEM: Não me pergunte. Não sei nada.

26/08/2010

Sobre a estética da existência.

É escrita uma lei . A aplicação desta lei produz organização. Esta organização permite que se possa administrar, a administração é econômica sempre Pode-se administrar uma cidade e um individuo. Quando acontece no individuo, esta administração de si, produzirá autonomia. Autonomia é o poder de se governar, estar livre para pensar. Esta liberdade de pensamento, autonomia, produz uma vida bela. Dirigir a própria vida é a maior capacidade do homem. Estar capaz disto nos faz ver a existência enquanto arte. Assim disse Michel Foucault de uma aluna: Prof ... escreve mais devagar que estou com torcicolo na mão ...

Ascese

O cerne da vida é a harmonia. Nada é estático, tudo é fluxo.
O objetivo da vida é a busca. Nada mais
O segredo da vida é nunca encontrar.

Não se satisfaça por estar onde está.
A mente engana, o coração perturba.

É seu dever vencer o hábito, a preguiça e a necessidade.
O dinheiro é ponte, não é objetivo.

Você é todos:
seus ascendentes e descendentes,
as raças, civilizações, o Universo,
São você.

Não existe amizade ou amor,
Existe cumplicidade e companheirismo,

O tempo não existe,
Nada existe,
só existe a vida –
o intervalo entre o abismo de trevas que viemos (útero) para o qual voltaremos (sepultura)

Sempre há tempo se há ação...
Força para enfrentar esses dias difíceis.
Haja com a alma - A mente engana, o coração perturba.

Meus dias ...

25 de agosto de 2010. Não sei se o que estou fazendo é o ideal, nem lembro se o que eu vivo agora é o que eu desejava viver. Gosto do que faço. Sou do tipo iludido. Corro atrás de sonhos. Tipo utópico. Acredito na salvação e não consigo me salvar. Tendo ao perfeccionismo. Estressado. Sou míope. Não da mente; dos olhos. Isso é muito ruim porque não dá pra nadar direito. É ruim também quando você perde os óculos. Por conta da miopia eu leio bastante. E gosto de ler. Daí eu fico inventando personagens das leituras que faço. Meio louco isso né... Sou muito capaz também, tenho uma boa coordenação motora. Uma boa mira e uma filosofia: tudo tende a evolução.

23/07/2010

uma reflexão

Uma reflexão:

Eu quero dizer que é muito difícil produzir um currículo onde é possível levar um ser a autonomia. Melhor, eu diria que é praticamente impossível fazer isso! (pelo menos com a atual dinâmica de ensino)

A criança tem que sentir o gosto em filosofar. Quando ela percebe o que é filosofar sua atitude muda, ela aprende a escutar, percebe-se que ela reflete. Nossa função é insuflar o espírito filosófico no coração das crianças. Essa empolgação constrói um ambiente propicio a autonomia (para se filosofar é necessário ouvir com consciência). É coerente pressupor que os envolvidos mesmo sendo autônomos por imitação estejam mais próximos dessa autonomia.

Agora como se pode afirmar que construímos um autônomo ou um autômato? Ou, como afirmar que o professor está sendo democrático e justo? Como aferir que o aluno melhorou? Acredito que a única forma de avaliar isso é por uma percepção atenta ao que está em volta. Mas como aferir isso em larga escala? Se o objetivo da avaliação é compreender em que nível cognitivo a criança está, avaliar a filosofia, composta por objetivos multidisciplinares, como se avalia matemática ou uma compreensão de um texto é cometer um grande erro.

14/04/2010

ideal em sala de aula:
ninguem fala mais alto do que o necessário.
todos estao livres para ir e vir. independente de listas, imposições, avaliações...
todos se comunicam com todos, ninguem é excluido da conversa.
não gritar, não agredir, cuidar da linguagem e da postura (exemplo)
conhecer todos os alunos (para nao criar a sindrome do aluno sem rosto)
a avaliação não é critério para continuidade - não há ciclos ou etapas na educação assim como não há ciclos e etapas no desenvolvimento humano.
analisar tudo pela luz da logica - valores humanos.
priorizar a convivencia (para os intimos : TAZ)

enfim...

....


ser organizado.

ser disciplinado.

priorizar atitudes locais.

09/04/2010

Pipocas...

31/03/2010

Introdução ou Iniciação?

  1. Discutindo com meus alunos sobre a diferença dos significados (introdução x iniciação) optamos por titular nosso primeiro texto lido de iniciação (ao pensamento filosófico).

  2. ...

  3. a confiança mútua em sala de aula impede que os envolvidos se deixem levar pelo erro

  4. ...

  5. eles acham que o professor só tem que ficar escrevendo no quadro. se você fica muito tempo conversando com a sala eles logo perguntam: "prof, não vai passar nada pra gente copiar não?"

  6. ...


  7. Como situação problema escolhemos um objeto de analise comum a todos: "a convivência social na escola e a utilidade/finalidade da escola".

  8. Concordamos com um método humanista de analise (tenho por referencial vasto material sobre valores humanos).

  9. Analisamos situações que ocorrem a nossa volta e em nosso cotidiano (como mídia e relatos pessoais).

  10. Nossas discussões se dão da seguinte forma - em conjunto analisamos algum fato ou situação até chegarmos a uma conclusão, como por exemplo: mentir, em alguns casos, pode ser bom.


  11. ....

  12. hoje:
  13. Entrei numa quarta série cujo perfil é de ter opiniões bem definidas. Discutíamos sobre valores éticos e humanos, era de tarde. Sensação de cansado.
  14. Nesta sala, na semana anterior houve uma confusão em aula que quase acabou em agressão; explico: discutíamos se a atitude de um ladrão era correta (em furtar). Na sala muitos concordavam com a atitude do ladrão. Eu contra-argumentei que se isso se tornasse norma, estaríamos abrindo mão da propriedade particular, pois num extremo nada seria de ninguém. . Não houve acordo (consenso) e a aula (de 45 minutos) acabou (os últimos 07) em sermão. Não concluir a aula.
  15. Essa semana eu comecei definindo (com apoio de dicionário Ximenes e de posições pessoais) o que é bem, mal, humanidade, valor, autonomia, economia, material, espiritual. Escrevi no quadro o significado das palavras que constavam no dicionário e os alunos escreviam uma interpretação livre da palavra em seu caderno. Conceituamos valor humano a partir dessa pesquisa inicial. A aula terminou com a tentativa de desvincular "valor economico" de "valor humano". Como tarefa de casa os alunos deverão escrever exemplos de "valores humanos" no caderno.

  16. ...

  17. durante a semana eu trabalho das 7 h até as 19 h. só fico em pé, em alguns momentos, devido a dor nas pernas, eu passo um texto no quadro ...

  18. ...

  19. aluno adora levantar a mão

  20. ... tem os psicodramas (uma aluna dizendo que alguns alunos chamam os professores de pai ou mãe e que ela já tinha passado dessa fase - no alto da racionalidade de oito anos de idade...)

  21. ... tem as broncas (um aluno se negando a copiar o que estava na lousa porque toda vez eu chamava a lousa de quadro-negro, ele brigou varias vezes comigo dizendo que aquilo era lousa)

  22. ... VALOR HUMANO: sentimento que cultivamos em nosso peito de amor ao ser humano...